Ao sabor do tempo

joana gonçalves

Tu comes o tempo!
Realmente é espantosa a forma como engoles minutos,
saboreias segundos e trincas horas.
Abismaste-me desde o primeiro dia,
e desde aí comecei a ver como comia eu o tempo.

Eu quase não saboreava, e por isso também não me incomodava.

Afinal alguma coisa te faz feliz ?

Corremos juntos ?

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Corres velozmente num prado de coloridas flores, alcanças um toque, sem que de céu ou cor se trate.
Percorres demasiados espaços, e talvez eu me encontre perdida. 
Talvez eu necessite de uma força que outrora me amenizava a alma, me enchia de carinho. 
Talvez nesse meio demasiado agitado, eu propicie outra corrida.
Talvez aquela corrida da vida.


Como é, corremos juntos ? 

Que desacordo..

O céu sossegado encontrou o inferno desarrumado. 

A indecisão aconteceu. Uma luta imensa decorreu.

O céu teimava a harmonia, o inferno pretendia adquirir a ousadia. 

Embebidos numa luta sem fim nem deram conta de alguém vindo dali. 

Um estranho ser "incaracterizado" pelos humanos, "invisualizado" pelos não-humanos surgiu, ouviu e estranhamente saiu. 

Afinal quem era aquele, perguntaram o céu e o inferno em concordância.

Obrigado estrelas *

Let´s go

Conquistei um castelo, poder que os meus olhos não acreditavam vislumbrar.
Conquistei-me. Dominei o tempo sem que ele me dominasse.
Conquistei esse poder.
Vou sorrir da conquista, entristecer do cansaço da luta.