sábado, 10 de julho de 2010


(de Joana Gonçalves  (jOana*)     aguarela e caneta ponta fina sobre papel)



Tenho de acordar, sabendo que ainda não pude dormir,
deixar de lado os medos sem ter tido medos...

Tenho de olhar em frente, suspirar sem olhar para traz.. e sonhar  (:


(**_&%$####"*+$&*/*)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

aquELE sol..*

(foto de Carolina Santos)



Sentada, saboreio o sol quente que me bate na cara.
Amavelmente oiço os pássaros chilrear como se nunca o tivessem feito, como se de uma só vez fossem gastando todos os sons à sua volta.

É tão natural e puro.

São nestes momentos que a solidão não me entristece, pelo contrário faz-me sorrir e pensar que no fundo devo e tenho de pensar. Não pensar nos problemas, não pensar no que disse, ou que não disse. Pensar apenas que aqui sentada com o sol a bater-me na cara é tão natural e único, que quase nunca, quase nenhuns o fazem.

E se eu fechar os olhos depois de ter olhado o azul fascinante do céu, e o ofuscante amarelo do sol? Sinto um enorme calor bater-me na cara.
É tão mágico.
Não é o escuro que eu vejo quando as palpebras se fecham, mas um laranja intenso, e um doce nos lábios, ou uma flor no nariz... É tão bom.

Devo estar feliz, por viver num sitío destes, ou pelo menos, meramente contente, por ser capaz e conseguir sentir tudo isto, talvez por ter parado dois minutos. Ter olhado e observado. Quase ninguém pára, escuta ou vê. Mas eu sinto que a minha respiração aumentou, que o cheiro se intensificou, que até o sabor mudou.


Se os meus lábios se moverem é porque meramente e por quase nada para alguns, eu estou feliz^! Sem me preocupar com quase nada, saboreio aquele que me parece ser o momento do dia. Contemplar, olhar, pensar, esperar, saborear, e todos os verbos acabados em "ar" que sejam necessários para descrever intensamente aquilo que me faz sorrir neste momento exacto...*



terça-feira, 6 de julho de 2010

 




E se tudo fosse perfeito ?!



Eu não estaria AQUI...*

segunda-feira, 5 de julho de 2010




Em cada universo individual há um certo cantinho lá bem escondido no fundo, que arrasta a alma, que prende o olhar, que te faz pensar, que te ajuda a lembrar, que te faz recordar, que te faz chorar, que te faz rir... 
                                     Que TE*..


Existem certos momentos, que se perdem na imensidão dos minutos e das horas, que não te fazem pensar, que apenas nos fazem agir, ou que meramente nos fazem descansar. Isso acontece-me, acho que vos acontece, acho mesmo que te acontece. Por vezes, apenas me perco nos minutos, sem saber que o tempo havia passado, perco-me no vazio do nada, que às vezes me mete a pensar, acabo a perder-me no "pensamento do infinito".

Às vezes olho, e não vejo nada, oiço, e não escuto nada, falo e não articulo palavras, respiro mas não cheiro nada.. e tantas vezes me acontecesse que percebo que é tão ou mais importante o nada, que o ver, o cheirar, o escutar, ou o simples facto de agir. É também importante estarmos num momento e não fazermos nada, perdermo-nos em pensamentos, ou divagações mais ao lado, que a cada instante de stress, de trabalho não conseguimos fazer. E eu entendo que o façamos, quando algo de palpável acaba por não acontecer, acaba por não nos prender parece que não estamos naquele sítio, parece que a nossa mente, ou o nosso pensamento se aventurou por outros caminhos e atalhos, e descobriu uma paisagem linda da qual não consegue sair. É portanto, esta paisagem, esta descoberta, ou uma mera lembrança que eu acabo por dizer que são os meus pensamentos de infinito. Há quem perca esses minutos de subconsciente a tentar divagar sobre o que tem para fazer, sobre o que já fez, sobre o que ainda não fez. Essas pessoas são aquelas que carregam três tipos de problemas. "Nunca carregues mais que um tipo de problemas de cada vez. Algumas pessoas carregam três- todos os que tiveram, todos os que têm e todos os que pensam vir a ter." (Edward Hale). Não me parece que isto deva acontecer.

O pensamento do presente já nos pesa tanto a consciência, que estar a trabalhar para pensar e reflectir sobre tudo continuamente é incompreensível. É natural, e extremamente importante que todas estas reflexões acabem por acontecer, mas viver a pensar no que aconteceu, para depois não acontecer, porque afinal vai acontecer...! Que é isto?! É um nada cheio de vazio. A reflexão deve acontecer, mas as vivências, as marcas e tudo o resto deve ser natural.. Errámos, perdermos, cansarmo-nos ou até desistirmos são pequenos grandes passos que temos de dar e muitas vezes ultrapassar na estrada de obstáculos que caminhamos. Parece-me que o crescer, entender e essencialmente aprender se pode incluir aqui. Os erros são coisas menos boas que um dia nos aconteceram, mas que acabaram por nos ensinar a não voltar a pisar aquela lama. As derrotas são momentinhos mais tristes que nos acontecem para ganharmos mais humildade, sabermos ver, entender e compreender, que no meio de um todo não temos de ser sempre os melhores, ou maiores, ou os mais... O cansaço acaba por acontecer quando testamos muitos dos nossos limites, e é o corpo a pedir descanso. O cansaço muitas vzes é físico, é incompressível porque parece que ainda aguentamos tanto, queremos tanto, mas simplemnete não conseguimos mais.. As desistências são todas aquelas coisas que um dia nos fizeram baixar a cabeça, são as nossas capacidades fora de controlo. E embora todas estas coisas menos boas, existem pequenos grandes momentos que completam, e ultrapassam a cada instante estas falhas que todos temos.

Quantas vezes acabas por perceber que estiveste 5 minutos do teu agitado tempo apenas sentado a olhar para uma parede e a pensar... no nada? Mas que afinal esse nada reflectido, era uma lembrança daquele momento intenso com alguém, ou uma discussão acesa com o teu pai, ou um abraço numa despedida, ou um cheiro intenso de um perfume.. Quantas vezes este tipo de pensamentos infinitos acontecesem? Além de acontecerem a todos nós, e mesmo que queiramos dizer que não, eles acabam por acontecer, acabam por se revelar. Aproveita tantas vezes para não fazer nada e divagar sobre o nada. Lembra-te sem querer daquele instante, imagina como seria aquele momento, sorri ao lembrar-te daquele sítio, chora ao recordar aqueles amigos, sê atento aos pormenores. E nunca te esqueças que o teu nada pode ser um imenso... um imenso criado por ti, e pelos outros, porque tu existem quando o outro permite a tua existênica. Cria o teu imenso a cada instante, eu vou criando o meu aos bocadinhos*

Esse nada de pensamento como por vezes oiço chamar, revela-se tão puro, intenso e cheio de magia, que apenas...

apenas SE SENTE... 

quinta-feira, 1 de julho de 2010

 


Quero ser GRANDE  (:

Quero ser grande sem subir,
quero ser grande sem ultrapassar...

Quero ser grande, quando for o momento*
 


Certas coisas não passam, não mudam, não findam.
Certas coisas escondem outras coisas. Certas coisas não se guardam, não se procuram, apenas chegam e invadem-nos...!
Certas coisas não se registam, não se querem aqui e ali. Querem-se.
Certas coisas encontram-te naquela altura, certa coisas preferem-te. 
Certas coisas têm sabor, outras cheiro. 
Certas coisas vivem. mexem, outras residem. 
Certas coisas desejam-se , outras... outras não se querem. 
Certas coisas aguardam, outras intensificam. 
Certas coisas querem-te, querem-me.
Certas coisas deesaparecem, outras denunciam-te.
Certas coisas fogem, outras não saiem. 
Certas coisas resumem-se, outras explodem, outras perduram. 
Ai certas coisas que eu e tu passámos e vivemos....! 


Obrigado...! Por tudo, por ontem, amnhã e depois...ª* 
Apesar de nos pudermos chatiar, zangar e perceber que nunca nada aconteceu, isso é mentira! 

Tudo é conduzido por uma mera razão, nem que muitas vezes essa razão seja somente a vontade, o querer.
Achas que é surreal pensar? Que não existem consequências? Ou que devemos procurar somente a satisfação individual em tudo o que fazemos? Devemos fazer sempre o que nos apetece? 

Penso que é necessário usar o coração, os valores humanos, e tudo o que nos faz sentir... A cabeça fará posteriormente um exercicío racional, o qual muitas vezes não queremos ouvir. A cabeça faz-nos pensar, o coração faz-nos amar.. É possível amar pensando? Ou se pensamos simplesmente não amamos? Quem se ama? Quando se ama? 

Primeiro a família, depois os amigos...* 

Sim miúda eu amo-TE em forma de amizade, muito do que sou devo-te! Se aqui estou a ti o devo... Obrigada pelos murros na cabeça, pelas palavras, pelos momentos, pela persistência, pela paciência... 

Adoro- TE*  
 


QuAndo conseguEs o quE quereS , será que aindA querEs o que conseguiste?


Há quem afirme, que o que realmente queríamos, ou queremos é simplesmente o caminho para lá chegar..
Será isto verdade?



Lembras-te de quando sorrias pelo rebuçado que o teu pai te dava no café? Ou quando a tua mãe te comprava aquele brinquedo que querias à tanto tempo, que já quase nem te lembravas que ainda o querias? Ainda te consegues recordar do cheirinho intenso e doce do leite quente que bebias enrolado a um cobertor, debaixo do regaço da tua mãe? Ou ainda recordas quando descobriste que o Pai Natal, era o eterno amor dos teus pais?

Será que depois dos anos passarem, das intensidades de vida se alterarem, mudamos tanto que esses simples, e pequenos momentos que mudaram a nossa vida, se perdem, como uma garrafa num poço? Quando parámos de olhar em volta, e de perceber que tudo é importante, que tudo foi importante? Quando foi que um momento se desfez com uma palavra e que o rancor nos invadiu, como o sol ao fim da tarde? Quando deixámos de ser humanos com valores, e passámos a ser simples actores, num filme designado "Vida" ? Crescemos assim depressa para isto? Para um nada que olho em redor e me deparo cada vez mais..

Esse cada vez mais de pessoas cheias de nada, cheias de um vazio em volta, que me indigna tão profundamente que até aperta o coração... Onde estão escondidas aquelas crianças que riam como eu? Que gritavam, sorriam, pulavam, saltavam, e viviam ?? Onde encontro essas crianças que me faziam lembrar a infância com as amigas, as descobertas com os amigos.. Onde encontro?
Se viro a esquina encontro pequenos grandes heróis.. e fico triste. Triste por entender que eles não vivem como eu vivi, não crescem como eu cresci.. Muito mudou, eu Própria mudei, sim, e agora? Mudei quando aqui cheguei, fui mudando.. Fui crescendo e ainda tenho tanto para crescer, mas eles... eles querem crescer sem viver, querem ter sem se esforçar.. querem sem nada!

E esse nada conta tanto, tanto e tão pouco. O querer o material, leva-nos a ser tão vazios de alma, tão pouco intensos de nada... Onde param as reciprocidades que outrora haviam?


 Onde encontro tudo o que procuro?


É este o ponto onde me leva ao início da afirmação... Depois de conseguir aquilo pelo que lutei, batalhei e.. será que ainda quero tanto isso como queria? Ou apenas me coloco numa outra margem, para querer algo novo? Outro desafio? De  certo modo penso que sim.. Quando eu atinjo aquilo pelo que lutei, além de uma enorme felicidade que possivelmente me irá invadir, vou estabelecer novas metas, novos desafios, e depois lutar e lutar mais e mais... Porque a luta nunca acaba... A luta faz parte da vida!
O  nosso querer nunca pode cessar, isso significará que os nossos desafios se perderam, e que eu simplesmente não possuo mais nada que atingir, que fazer, que alcançar...
Quando alcanço aquilo que queria ganhei uma luta^! ganhei mais uma forma de sorrir, e aprendi com os erros, sorri com as pessoas, chorei pelas dificuldades, mas alcancei... GANHEI! Foi mais um pedacinho que juntei no meu coração, e isso fez-me bem, fez-me crescer. Às vezes não atingimos aquilo que procuramos, e depois a frustação é tão grande, que a dor que nos invade o peito é tão intensa que noz sentimos cheios de nada, cheios de derrota... Perder e ganhar faz parte do caminho que se percorre... E cada um de nós tem um tão e longo caminho, que muitas vezes as botas têm de ser mudadas, as meias compradas, e os pés tratados. Sem as defesas básicas não lá chegamos, nunca lá chegaremos...*


Onde encontro tudo o que procuro?

Aqui, ali, depois ? Em todo lado e em nenhum lado...! O que procuro tenho de o procurar primeiro em mim, depois no outro, e depois mais além... Palpável ou não, esse encontro mais tarde ou mais cedo acontecerá, o que não significa que seja o que esperávamos. Por isso nunca devemos criar espectativas que acabem por nunca responder ao que um dia idealizámos. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles? TODOS!

O primeiro sítio onde encontro o que procuro é no  CORAÇÃO...!