SIMplesmente sOrri*

domingo, 3 de junho de 2012

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é quando esses segundos contornam os ponteiros - aguçados - do relógio que as horas tremem por passar. Que os rodopios circulares emergem, as pessoas sorriem, as crianças brincam.. é quando esse teu tempo (roubado) sufoca por sair. É quando esse luar se enche por o observarem, que as horas vão construindo (quiça) momentos inivivíeis duas vezes. É essa a ternura da vida. A observação sarcástica e dura. Duas tardes não se repetem. Dois seres não se repetem. Dois momentos não se copiam.

É quando saímos pela porta estreita de cada espaço que entremos, que as coisas vão crescendo. É quando passamos pelo tempo, e não ele passe por nós que as airosas flores do jardim se abrem, e emanam aquele delicioso cheiro. É quando as pessoas deixam a teimosia em casa, e o orgulho debaixo da cama que as coisas sucedem. É quando os minutos com o demorado exagero, se completam em horas fugazes e rápidas. É quando a vida vai acontecendo, que sabemos que é vida.

É quando prendemos num papel certas palavras, e deixamos marcado em algum sítio coisas únicas. É quando descobrimos que os amigos são das pessoas mais divertidas que temos. E é quando sentimos saudades de momentos que se forem repetidos perdem a piada. É quando conhecemos pessoas extraordinárias, e miúdos fantásticos. É quando as pessoas marcam os nossos corações, e os limites se ultrapassam que dizem que viver vale a pena. É quando as pessoas acreditam e procuram o que amam e gostam.

O problema é que a maioria de nós tem medo de tudo. E tem medo de lutar pelo que acredita, pelo que quer... O meu pai diz: temos de desafiar a morte, para perceber que estamos vivos. E só depois garantir que aproveitamos cada pedacinho.

E é por isto que os dias passam. Que os anos passam. E que a vida vai acontecendo.

Adoro fazer anos. Ainda não me podem roubar esse gosto. *